sábado, 20 de novembro de 2010

Novo laudo no processo contra Tiririca aponta o deputado eleito como analfabeto funcional ...

O Ministério Público de São Paulo vai incluir um novo laudo no processo contra o deputado federal eleito pelo PR Francisco Everardo Oliveira, o Tiririca. Nesta sexta-feira à tarde, oito dias depois da audiência de Tiririca no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o processo que investiga o crime de falsidade ideológica voltou ao Ministério Público.

Por causa do atraso, só agora começam a contar os prazos da fase final do processo. São cinco dias para a Promotoria incluir novos argumentos na acusação. Outros cinco para os advogados de defesa, e mais dez dias para o juiz eleitoral dar uma sentença.

O julgamento pode demorar ainda mais porque o promotor vai anexar ao processo um parecer técnico: o documento foi feito por uma fonoaudióloga do Instituto de Medicina e de Criminologia de São Paulo, que participou da audiência a pedido do Ministério Público.

O laudo diz que, no ditado, das dez palavras principais, Tiririca só escreveu corretamente duas e que levou oito minutos para redigir as dezessete palavras e o numeral 1.932, lido pelo juiz.

Na leitura de um trecho de jornal, Tiririca trocou letras e palavras. O laudo ainda aponta que na hora de explicar o que entendeu da notícia, ele não conseguiu, e classifica o réu como analfabeto funcional: "A Constituição Federal veda a inelegibilidade do analfabeto. E ela não faz extinção de que espécie de analfabeto. Então, para o Ministério Público Eleitoral, o analfabeto funcional é inelegível. Todavia, caberá à Justiça a última palavra sobre esta matéria", diz o promotor da Justiça Eleitoral Maurício Ribeiro Lopes.

Com este laudo, a tendência é que a Justiça dê mais cinco dias de prazo para a defesa se manifestar. Apesar do atraso, o juiz pretende dar a sentença antes do dia 17 de dezembro, quando Tiririca será diplomado e passará a ter foro privilegiado.

O Jornal Nacional tentou entrar em contato com o advogado de Tiririca, mas ele não retornou as nossas ligações.


Fonte: Jornal Nacional


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