quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


Charge: Amarildo

O governo da presidente Dilma Rousseff ganhou com folga sua primeira batalha no Congresso.

Uma a uma as propostas da oposição para um novo salário mínimo de R$ 600 e R$ 560 foram derrubadas no plenário da Câmara dos Deputados em votação que se arrastou por mais de 10 horas.

Prevaleceu o projeto do governo que fixou o mínimo em R$ 545,00.

O projeto, que também estabelece as diretrizes para a política de valorização do mínimo até 2015, segue para análise do Senado.

Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a expectativa é que se vote o mínimo na próxima quarta-feira (23).

A vitória de hoje foi construída ao longo dos últimos dias e teve a participação direta do Palácio do Planalto.

Após encontro com Dilma, ontem, o Ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, teve que entrar em campo para convencer a bancada do partido, a votar na proposta de R$ 545.

O PDT foi o único partido da base de Dilma que tinha declarado apoio a um valor maior para o mínimo. Segundo integrantes da cúpula do PT, em razão disso, o cargo Lupi esteve ameaçado.

A ameaça surtiu efeito. Cerca de meia hora antes do início do debate no plenário da Câmara, o líder do PDT, Giovanni Queiroz, anunciou que a bancada estava liberada para votar no valor determinado pelo governo.

Outro que participou da força-tarefa para persuadir os descontentes foi o vice-presidente Michel Temer. Na manhã de hoje, ele foi à Câmara para se reunir com a bancada do PMDB e cobrar união.

Com a aprovação do mínimo como o governo queria, a expectativa agora é de que seja enviada nos próximos dias ao Congresso uma Medida Provisória que corrige em 4,5% a tabela do Imposto de Renda (IR) pelos próximos quatro anos.

Erich Decat


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