sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bolsonaro: homossexual não é santo ...

O deputado Jair Bolsonaro entregou, na Corregedoria da Câmara, no início desta quarta-feira, sua defesa contra as quatro representações que o acusam de comportamento racista e homofóbico.

A polêmica se deu em razão de declarações dadas por Bolsonaro no programa CQC, da TV Bandeirantes no final de março, em reposta a uma pergunta feita pela cantora Preta Gil.

A cantora perguntou como o deputado reagiria se um filho dele namorasse uma negra e ele respondeu que os filhos não corriam esse risco, porque não tinham sido criados em um ambiente de promiscuidade como ela.

Bolsonaro deixou para apresentar a defesa no último dia do prazo regimental da Corregedoria e não entregou cópia do texto à imprensa, alegando que está impedido pelas regras da Casa.

O deputado disse que na defesa reafirmou não ser racista e que entendeu mal a pergunta feita por Preta Gil. E acrescentou que os integrantes do programa poderiam ter ligado para ele, questionando sobre a resposta, porque o programa foi gravado em 13 de fevereiro e só foi ao ar no dia 28 de março.

Na defesa, acrescentou o parlamentar, citou outros casos que considerou similares ao seu, como o fato do ex-ministro José Dirceu, quando era deputado, em 1993, ter assinado um projeto que trazia de volta à escravidão ao país.

Em relação à homofobia, Bolsonaro continua não medindo as palavras: voltou a repetir que não teria orgulho em ter um filho gay e avisou que continuará lutando contra programas do atual governo voltados para a comunidade LGBT, na área de educação.

Isabel Braga / O Globo


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