quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não poderia passar em branco / 50 anos da Legalidade ...

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A Renúncia de Jânio Quadros e a Cadeia da Legalidade

Leonel Brizola, João Goulart e Jânio Quadros


Hoje com 82 anos, Almino Affonso em 1961 era líder do PTB, partido de João Goulart. Atualmente, revê posições que defendeu e acredita que a marcha de Goulart a Brasília levaria o país a uma guerra civil.

Como foi o dia 25 de agosto de 1961?

Estava no meu gabinete, quando soube, através da correria dos jornalistas, que Jânio tinha renunciado. Fui para o plenário. Um deputado do Espírito Santo tinha recebido dos jornalistas a carta de renúncia e um manifesto (de Jânio) à nação tentando explicar o gesto.




Foi possível observar a intenção de Jânio de dar um golpe?

Essa impressão, para mim, foi instantânea. Como líder do PTB, assumi a tribuna e disse que a renúncia só se explicaria no ânimo de criar uma convulsão política no bojo do qual (Jânio) pudesse voltar com poderes plenos.

Como se formou a Cadeia da Legalidade?

Tão logo ficou claro que os três ministros militares passaram a vetar a posse do João Goulart. Disseram claramente que, se o presidente voltasse ao país (estava na China), seria preso. Estava claro que seria um golpe. É quando nasce o protesto do governador Leonel Brizola. Sua ação foi extraordinária naquele momento. Com a convulsão política no Rio Grande do Sul e o povo na rua, nasce a Cadeia da Legalidade.

Existia uma ideia de que Goulart fosse até Brasília numa marcha?

O governador Brizola achava que o Goulart deveria ir em marcha batida desde o Rio Grande do Sul até Brasília e tomar posse. Algo semelhante ao que foi feito pelo Getulio (Vargas) em 1930. Naquele momento, como líder do PTB, sustentei essa posição. Agora, olho para trás e digo: se tivesse havido isso, teria ocorrido uma guerra civil e seria profundamente negativo para o país. Ele (Jango) foi sensato. Sem querer ser gentil, hoje dou grandeza ao gesto.


Lançamento da Cadeia da Legalidade
Palácio Piratini, Porto Alegre, RS


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Sérgio Roxo / O Globo
Fonte: Blog do Noblat

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