quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Na Mira da Opinião Pública / ao amigo Vermelhinho ...

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Duplo Papel

Num ano eleitoral, com o julgamento político mais importante da História recente do país, o Supremo Tribunal Federal (STF) será o centro das atenções a partir de sua volta aos trabalhos em fevereiro. Suas decisões terão necessariamente consequências políticas, seja qual for o resultado do julgamento.

O Supremo terá o duplo papel de julgar e ser julgado pela opinião pública. Nada poderia ser mais prejudicial aos interesses dos “mensaleiros” do que a polêmica em torno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A opinião pública estará com sua atenção voltada para o posicionamento do plenário do Supremo em relação à liminar que o ministro Marco Aurélio Mello concedeu nos últimos momentos do ano, quando o Judiciário entrava em recesso, congelando as ações do CNJ.

Outra liminar, esta do ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu uma investigação no Tribunal de Justiça de São Paulo sobre possíveis pagamentos abusivos.

As medidas foram entendidas pela opinião pública como ações corporativas, e a corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, transformou-se em heroína popular, um Dom Quixote de saias a lutar contra os gigantescos interesses corporativos do Judiciário.

Mesmo que tenha errado no tom quando iniciou o embate, ao afirmar que havia “bandidos togados”, a ministra cometeu no máximo uma inconveniência verbal, não uma inverdade.

Seu papel de combate ao corporativismo, que alimenta a impunidade dos frequentes “malfeitos” registrados nos diversos níveis do sistema judiciário, tem sido a melhor tradução do espírito que criou o Conselho Nacional de Justiça.

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Merval Pereira / O Globo


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